Entrevista com Ricardo Tokumoto do RYOTiras
Com um humor muitas vezes inteligente e crítico, Ricardo ganha cada vez mais seguidores e hoje suas tirinhas são um verdadeiro sucesso. Batemos um papo rápido com ele, abrangendo desde como é a produção de seus quadrinhos, até seus próximos projetos, acompanhe:
Universo Paralelo - Você desde criança já possuía um certo talento para desenhar ou essa habilidade só foi adquirida com o tempo?
Ricardo Tokumoto - Foi adquirida com o tempo. A diferença é a que eu sempre gostei bastante de desenhar e sempre desenhei bastante.
UP- Como é o processo de produção de suas tirinhas?
Ryot - Geralmente eu parto de algum embrião de ideia bem simplificado. Às vezes é uma palavra, ou uma situação, ou alguma linha de diálogo. Depois em desenvolvo melhor a ideia, planejando como serão os quadros e o timing da tira. E por fim eu faço a arte final e publico. A postagem sempre acontece logo após eu terminar a tira, para não dar margem demais à minha auto-crítica e acabar não botando a tira à público.
UP - Hoje tanto suas tirinhas como suas HQs fazem muito sucesso na internet. Você lembra qual foi seu primeiro trabalho que realmente repercutiu?
Ryot - Bom, teve várias tiras que circularam bem, não sei dizer qual foi a primeira. Teve uma que faz referência ao Jaspion, e outra que faz referência ao Naruto. Teve a que rola um diálogo entre Deus e uma pessoa com um conceito de fé bem restrito. E teve a do Camaleão Daltônico e do Idiota. Essas daí rodaram bastante.
UP - Você costumar ler quadrinhos de outros autores?
Ryot - Sim. sempre. Acho essencial pra quem faz quadrinhos, ler muitos quadrinhos. Falando apenas das tiras, gosto muito do Laerte, claro. Tem os clássicos, Calvin e Haroldo, Mafalada, Peanuts... Gosto do Liniers, Angeli, Fábio Zimbres... Os gringos PBF Comics, Buttersafe, Completely Serious Comics, Gunshow... e tem o Bufas Danadas do meu amigo Luís Felipe Garrocho.
UP - Quais são seus próximos trabalhos nos quadrinhos?
Ryot - Tenho vários projetos em planejamento. Estou fazendo a segunda edição do Manual da Auto-Destruição, uma série de quadrinhos mais infantis e pra ano que vem quero fazer uma coletânea de quadrinhos mais longos.